sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fundo do Audiovisual investe R$ 15 milhões em 18 filmes

A FINEP e a Ancine acabam de divulgar os 18 projetos de longa-metragem para cinema contemplados com R$ 15 milhões do FSA - Fundo Setorial do Audiovisual. Trata-se do resultado da Linha A do primeiro edital do Fundo, que registrou o maior número de concorrentes entre as quatro linhas de ação iniciais: inscreveram-se 175 empresas, num total de 220 projetos. O edital como um todo recebeu 297 projetos.

A Linha A, dedicada à produção cinematográfica de longa-metragem, foi articulada para fortalecer as empresas produtoras brasileiras, promovendo a aliança dessas com distribuidoras nacionais ou internacionais e tornando-as competitivas frente às produtoras internacionais.

Foram anunciadas algumas novidades que já devem estar presentes no próximo edital do FSA. A primeira é o desmembramento da Linha A em duas, uma especificamente para complementação de recursos para finalização e outra para produção. Haverá também modificação no peso dos critérios de avaliação, com maior ênfase nos aspectos artísticos e de adequação ao público, além de simplificação de procedimentos. Também estão em estudos, para implantação em médio prazo, duas novas linhas, uma voltada para salas de exibição e outra para coproduções internacionais, e a ampliação dos itens financiáveis.

PARA JUCA A, POSSÍVEL, FILIAÇÃO DE MARINA AO PV, NÃO O ENFRAQUECE NO MINISTÉRIO

Nesta última quarta-feira à tarde, na sede da Funarte, nos Campos Elísios (centro de São Paulo), o ministro da Cultura, Juca Ferreira, encontrou-se com artistas e produtores de artes cênicas e anunciou que o texto da nova Lei Rouanet já está pronto, na Casa Civil, esperando pareceres da área financeira do governo. Segundo Ferreira, o projeto pretende "inverter a equação" que vigora atualmente no incentivo à cultura - em vez de 80% dos recursos saírem via renúncia fiscal e 20% serem pelo orçamento direto, serão 80% para o Fundo Nacional de Cultura.

Ferreira, que é filiado ao Partido Verde, também falou ao Estado sobre a possibilidade de a ex-senadora do PT Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, sair candidata à Presidência da República pelo seu partido. "O PV não está à altura de Marina", afirmou.

O ministro considerou que não há ameaça à estabilidade do Ministério da Cultura com a eventual candidatura dela e de Gilberto Gil como seu vice. Primeiro, ele não acredita na candidatura de Gil. Como ele é um ministro verde, ficaria numa situação difícil na pasta - o PT de São Paulo já insufla nomes para uma eventual substituição, como os de Sergio Mamberti e Angelo Vanhoni. Mas as críticas do ministro ao próprio partido mostram que ele está mais fechado com a candidatura de Dilma Rousseff (PT).


Eis alguns dos principais pontos da entrevista:


REFUNDAÇÃO

"O partido tem que ser refundado, não está à altura de Marina. O PV perdeu bastante dos nossos vínculos com os princípios e os programas do partido."

JUNTOS NO PALANQUE

"Depende (o apoio dele a Marina). Se significar uma fissura na luta pela inclusão social e a luta contra a desigualdade e a questão da sustentabilidade, não apoio. (A sustentabilidade) tem que ser articulada com outras demandas humanas. Os ambientalistas não podem ter uma postura da luta por uma causa tão transcendental que substitua as outras."

CHICO MENDES

"A saída da Marina não tem a ver com o (convite do) Partido Verde. Há um precedente histórico: pouco antes de ser assassinado, Chico Mendes estava trocando o PT pelo PV. Não foi o convite que foi a motivação da saída dela, mas as próprias preocupações ambientais dela."

GILBERTO GIL

"Conversei com ele ontem à noite. Não vai sair como vice (Fui ver um filme de ficção chamado Besouro, que tem a música dele como trilha sonora. Nos encontramos e conversamos. O filme trata de um lendário capoeirista que havia na Bahia. Diziam até que tinha a propriedade de se tornar invisível, o Besouro. Fiquei bastante satisfeito com o filme e com a música dele). Ele tem a mesma posição que eu: Gil teme que a candidatura de Marina signifique uma ruptura entre a luta pela inclusão social e a luta pela sustentabilidade. A luta ambiental, na política, também tem de desenvolver alianças. Ele não me autorizou a dizer isso, mas prefere que a luta ambiental se realize dentro de um processo crítico."

ALIANÇAS

"Alguns setores do Partido Verde preferem alianças com os tucanos. Eu prefiro o compromisso com as lutas sociais. Mas esse não é o principal problema. Hoje, o fisiologismo está presente dentro do PV, e a ação política parte dos quadros mais fisiológicos do partido. O aparato de poder está nas mãos dos que têm uma tendência fisiológica."

TROCA DE PARTIDO

"Essa é mais a vontade do desejo de alguns do que a realidade (Juca Ferreira deixar o PV para filiar-se ao PT). Ou eles têm poder adivinhatório, ou então é um convite. Ou é apenas a manifestação do desejo, como eu acredito."

OLHO NO OLHO

"Eu olhei bem no olho dela e perguntei: você é capaz de abdicar da luta pela redução das desigualdades? E ela me respondeu: Você acha que eu sou maluca? O que ela fez até agora? Ela queria trabalhar a agenda ambiental fora do PT. E foi ela mesma quem disse que o PV precisa ser refundado programaticamente. A senadora não demonstra intenção de romper com as preocupações sociais dela."

FERNANDO GABEIRA

"Gabeira está entre ser candidato ao Senado ou ao governo do Rio de Janeiro. Eu disse a ele que se ele for candidato ao governo, será usado como uma escada para a oposição, e que eu preferia que fosse candidato ao Senado. No Senado, ele pode cumprir um papel político de maior grandeza."

VICE NA CHAPA

"O Partido Verde tem um minuto de TV, tem de buscar alianças (para fazer campanha efetiva na televisão). Então, não acredito que Gabeira queira ser vice."

Fonte: O Estado de S.Paulo - 21/08/2009

XV ENCONTRO DO FORO DE SÃO PAULO - MÉXICO

O Foro de São Paulo realiza a partir desta última quinta-feira (20) até o domingo (23) seu XV Encontro, que ocorre no México.

O PT participa do encontro com uma delegação formada pelos dirigentes nacionais: Laisy Moriere, Secretária Nacional de Mulheres; Romênio Pereira, Secretário Nacional de Assuntos Institucionais; Renato Simões, Secretário Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais; Morgana Eneile, Secretária Nacional de Cultura; Severine Macedo, Secretária Nacional de Juventude.

O primeiro dia do Foro será dedicado a grupos de discussão, reunindo: a) parlamentares; b) prefeitos e governadores; c) autoridades de governos nacionais; d) Fundações e Escolas de partidos.

O segundo dia do Foro será dedicado a grupos de discussão, desta vez com o seguinte corte: a) mulheres; b) lideranças de movimentos, afro-descendentes e povos originários; c) cultura.

Também no segundo dia, acontecerá a reunião das Secretarias Regionais do Foro de São Paulo: a secretaria Cone Sul, a secretaria Andino-amazônica e a secretaria Meso-americana e caribenha.

Ao final do segundo dia, acontecerá o ato político-cultural de inauguração oficial do XV Encontro.

Os dois últimos dias (sábado 22 e domingo 23) serão dedicados à discussão, em plenária, dos temas abordados no texto-base do XV Encontro.

Este texto foi elaborado por uma comissão integrada pelos seguintes partidos: Partido da Revolução Democrática (México), Partido do Trabalho (México), Partido Comunista (Cuba), Frente Farabundo Martí (El Salvador), Frente Sandinista de Libertação Nacional (Nicarágua), Partido Socialista (Equador), Partido Socialista (Peru), Partido dos Trabalhadores (Brasil) e Frente Amplio (Uruguai).

Conforme a tradição do Foro de São Paulo, o texto-base não é uma resolução, não é votado, não é aprovado: trata-se de um subsídio para os debates. O que é aprovado, ao final dos debates, é uma Declaração Final. Tal Declaração será debatida e aprovada pelo Grupo de Trabalho do Foro, instância do Foro que se reúne trimestralmente.

Adiantando que uma das novidades será a realização, simultânea ao XV Encontro, de um Encontro das Juventudes dos Partidos do Foro de São Paulo.


Fonte: www.pt.org.br

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Projeto do Vale-Cultura Chega ao Congresso

O projeto que prevê a criação do Vale-cultura chega ao Congresso Nacional ainda nesta semana, de acordo com o ministro da Cultura, Juca Ferreira. Segundo ele, a demora para que a matéria fosse enviada para votação se deve à ausência da assinatura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estava viajando.


O Vale-cultura vai funcionar por meio de um cartão magnético que permite aos trabalhadores comprar ingressos de cinema, teatro e shows, além de livros, CDs e DVDs. Em entrevista a emissoras de rádio, o ministro afirmou que o Vale-cultura apresenta “efeitos colaterais positivos” uma vez que vai gerar um banco de dados sobre a demanda cultural da população. “E estimula a legalidade”, disse, ao se referir à compra de DVDs e CDs originais por meio do cartão magnético.
De acordo com o ministério, apenas 13% da população brasileira têm acesso a manifestações culturais. O cenário, segundo Juca, não abre possibilidade para o desenvolvimento do cinema e do teatro de produção nacional, por exemplo. Com o Vale-cultura , a previsão é de que R$ 17 bilhões sejam injetados na economia cultural. “O circuito vai ficar bastante aquecido”, disse Juca. Ao comentar a não obrigatoriedade de adesão ao Vale-cultura por parte das empresas, Juca afirmou que “na cultura, nada deve ser obrigatório”. Ele avaliou, entretanto, que o projeto de lei é “atraente” e que, uma vez aprovado, poderá haver pressão dos próprios funcionários para ter direito ao benefício.


Sobre o valor a ser disponibilizado no cartão magnético - R$ 50 - Juca admitiu que a quantia é baixa quando considerados os valores cobrados, por exemplo, pelas entradas de cinema e teatro. Segundo ele, a idéia é de que o valor seja “aprimorado” e possa chegar a R$ 150. “Para começar, o valor de R$ 50 está bom, mas o ideal seria um pouco mais”, disse.


Fonte: Correio Popular
Foto: www.cultura.gov.br

Juca Ferreira comenta declarações de Antonio Fagundes sobre Lei Rouanet


As alterações previstas na Lei Rouanet vão possibilitar que “todos tenham acesso para desenvolver seu trabalho”, afirmou, em entrevista concedida na última quinta-feira, ao Bom Dia, Ministro, o Ministro da Cultura, Juca Ferreira.


O esclarecimento se deu devido às declarações do ator e produtor Antônio Fagundes. “Eu não conheço os detalhes da declaração, mas acho que as reclamações demonstram insatisfação, por isso precisamos mudar”, comentou o ministro Juca Ferreira.
Na última terça-feira (dia 11), Fagundes disse, em entrevista coletiva, que seu projeto - o monólogo Restos - foi aprovado pelo Ministério da Cultura, mas que ele não quis captar recursos via Lei Rouanet para montar o espetáculo. Justificou sua decisão afirmando “estar cansado de ser chamado de ladrão”, além de pretender cobrar quanto quiser pelo ingresso.
Durante a entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, Juca Ferreira enfatizou que grandes e pequenos artistas terão ampla possibilidade de captar recursos disponibilizados via renúncia fiscal, principal mecanismo da Lei. O titular da pasta, destacou, porém, que os espetáculos produzidos com recursos públicos devem trazer benefícios à toda população, como a redução dos preços de bilheteria, por exemplo.


Lembrou, ainda, que o Governo deve incentivar produções que envolvam grandes nomes. “Nós não devemos hostilizar os grandes artistas brasileiros, esses são os que traduzem os sentimentos e acalentam nossa subjetividade.” E continuou: “As políticas culturais têm que possibilitar o acesso pleno. Aliás, quem não gostaria de participar de um espetáculo com grandes artistas, incluindo o Antonio Fagundes?”, indagou Ferreira.


Foto: Jornal do Planalto